Tu mesma falaste, olhando ao redor
“Sou aquela louca que grita poemas nas esquinas”
sei o quanto é difícil ser um poeta
Às margens dos rios de sangue
Se ouvem murmúrios de poetas mortos
Não sangue, nem morte, mas letras vermelhas em folhas queimadas
Sim, somos loucos
Pois amamos as letras e delas criamos e fazemos história
Sim, somos loucos
Mas vivemos a vida e ela vive de nós
Nossos olhos são espelhos para as pessoas se olharem
Nossas bocas são como crianças que só choram
Nossos pés são ondas que nos fazem bêbados
Nossas mãos são sementes, que semeadas fazem brotar flores
Nossos poemas são flores que fazem brotar vidas
Nossas vidas são dores que se transformam em luzes
Essas luzes são olhos que um dia foram espelhos
Seja sempre essa louca que grita poemas aos à margem
Dos rios de sangue que são letras
E de morte que são folhas queimadas
A vida é poesia e a minha poesia é simplesmente, você!
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