Saudade do invento do vento atento
Que sopra e traz você para cá.
Saudade do topo que louco envolto
Desiste de uma vez em se jogar.
Sorrisos e gritos aflitos do rito
Coragem do menino que rouba do ninho
A luta da mãe que não sabe sorrir.
No grito aflito do rito familiar.
Afagos mau dados no escravo calado
Do amor e terror da vida de dor
Saudades do invento do vento atento
Do grito aflito do rito do escravo.
Sorriso acanhado e caldo do velho
Não é sua casa aquela que vive
Saudade do invento que o trouxe ao mundo
Que o pôs no chão, no solo imundo.
Se a vida sadia da lida vivida
Soubesse tratar do mundo sem mentiras
Não haveria mais saudade do invento do vento
Que atento e lento me faz adormecer.