
Sem pensar no que pode acontecer
Chuva ou neblina, sol ou escuridão
Nem sempre pensamos e algo pode acontecer
Quando o homem pensar que pode usufruir
De paz e sucesso
Vem uma nuvem sobre si
Para fazê-lo perceber que o mundo é de todos e não só seu
Quando eu penso que tudo já aconteceu
Vem um novo sonho, de correr de novo
De sentir o vento forte no rosto e chorar e sorrir
E pensar em todos os momentos que se foram
Momentos que não queria mais que voltassem
E o tempo mostra-me que sou apenas homem
E não um deus ou o super deus
E os sonhos se esvaem pelos dedos como sua sombra
Na despedida de ontem
E eu fico aqui
Continuando a pensar que nada vai além de nós
Sem que quisermos que se vá
E o sonho é tudo isso, nunca desistir de caminhar em busca de nós mesmos
E encontramos um e outro e de mãos dadas caminhamos...
Até a próxima passagem.
Falar de passagem, dá a idéia de universos, de tempos, de possibilidades, elos que foram quebrados ou ligação que poderá ser feita.
ResponderExcluirDe antemão, o autor frisa a coerência textual de forma subta nos penúltimo e último versos da poesia: E encontramos um e outro e de mãos dadas caminhamos... Até a próxima passagem.
Aponta um paralelo entre o tempo presente, os desafios do passado e a vontade de vencer no futuro, ligando ou interligando sonhos e objetivos simultaneamente até o infinito. Os sonhos são como as estações, e as suas passagens sempre impactuam até a próxima realidade e nos acostumamos com o irreal e o cotidianto, misturam-se obviamente tudo, mas o amor é a única susbtância interna, é como na química, o óleo não se mistura com nada, muito menos com água, assim é o sonho do amor, sobressai ao tempo, as circunstâncias e a distancia, nada apaga, nem interfere na sua essência.
A figura, é comum, dá sentido a travessia, susto, apreeensão, a nuvem cincenta é o medo do desconhecido, e os cabos finos que predem a ponte, são o grau de credibilidade que damos aos sonhos, quer grandes ou pequenos, muitos ou únicos.
Juscilene de Souza Batista Dourado