quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Em tempos de destruição


Acordo sentindo um cheiro forte de fumaça
A montanha perto dali é destruída pelas labaredas de um assassínio
O homem incendeia seu próprio ninho
Cinzas com formato de folhas caem sobre meu rosto triste
E respiro um ar que não é o meu ar
E choro, lamento e revolto-me com tudo isso.
Como diz o rei Roberto Carlos em uma canção
“Eu queria ser civilizado como os animais”
É o que precisamos com urgência
Civilizar o ser humano para que se pareça um pouco com os animais
E as florestas, os rios, as ruas e nossas vidas terão mais sentido de existência.
Chega de destruição, de perdição, de poluição
Poluímos o nosso próprio dia, a nossa vida, o nosso lar
Sem pelo menos pensarmos em nós mesmos
Chega de destruição, de labaredas de egoísmos mal-educados
O homem é o animal que destrói a si mesmo, sem medo da própria eliminação
Chega de destruição, de sofrimento
E a culpa é de Deus? É do vizinho? É do Diabo?
A resposta deixo como reflexão (...)

À espera de você


Quantas coisas para falar para você
E que o tempo curto não deixou dizer
Você chegou e ficou por pouco tempo, e nem temos tempo de chegar ao início da primavera
Quando você me deixou aqui, disse apenas para eu continuar vivendo
E eu quis, obedeci porque era preciso
Hoje, não estou mais vivendo porque você pediu, mas porque é necessário
Vivo sem você, mas confesso que até hoje a primavera não chegou
Meus dias são de inverno e até outono...
E a seca do verão me sufoca como a saudade de um amante esquecido

Quantas coisas tinham para dizer a você
Mas o tempo foi menor do que esperávamos
E fiquei apenas com as palavras escritas no mural do meu coração
Mas quero ainda publicar tudo para você
A leitura dos meus sentimentos deve ser feita
Por você.

Quantas vez quis dizer palavras perdidas
Que foram encontradas por você e que não tive tempo de falar
Pense no quanto os momentos bons é o reflexo disso tudo
E a pureza de encontrar de novo a alegria de viver a primavera tão desejada
Quantas vezes fiquei aqui te esperando e você não chegou.
O que me resta é apenas reler tudo de novo...

Meu dia-a-dia


Quando a aurora desperta, o vento frio chega!
Penso nos meus e a saudade do café de meu pai chega aqui
Tenho que correr para não perder a hora
E a voz do vento lá fora me diz que a vida está ali
Do lado de fora para eu apreciar
Para eu vivê-la...
E meu dia torna-se eterno quando chega ao fim
Da jornada, do encontro e do conhecimento
E descubro que a alegria me acompanha, mesmo sem você aqui
E a vontade de rever você me faz adormecer para mais uma vez despertar
Para a vida, para o desejo e para o amor.
E me pego pensando durante o levantar sobre a vida e o dia
E a noite logo chega para sonhar novamente com você e comigo mesmo.
E suporto tudo, os sonhos, os desejos e os medos de encontrar você de novo.
De encontrar a felicidade e de encarar mais um dia.

Tempo de espera


Os anos passam e o amor verdadeiro não chega
A espera cansa meus dias e meus cabelos embranquecem com o tempo
As pernas já não querem mais caminhar para além de mim mesmo
Tentando buscar o amor
E as lágrimas secaram como o rio que espera por chuva há anos
E tudo vira pó.
O amor torna-se longínquo e eu aqui, na espreita de encontrá-lo
E o tempo passa, devagar, mas passa diante de mim
Tudo passa a ser mais lento...
Os sonhos, o desejo, o anseio... menos o medo
Medo de chegar ao fim sem amar, sem ser amado.
Medo de partir sem ao menos te vê, te tocar, te amar.
Medo de findar o tempo da espera sem ao menos chegar perto
Medo de mim mesmo, dos meus sonhos vagarosos e dos meus pés já calejados da caminhada

E o fim é apenas a certeza do amor eterno.
E o início de mais uma jornada.

E os dias passam e o amor verdadeiro não chega.
E as horas terminam e o amor atrasou-se
E os minutos findaram-se sem os segundos.
E os segundos já não existem para mim.
E o fim é apenas a certeza do amor eterno.

E o desejo é hoje o início de mais uma busca...

Em tempos de “guerra e paz”


Acordo cedo para assistir à guerra humana
Os homens já não sabem mais o caminho a seguir
E andam cegos, tontos, sem sentido, sem meta
Estamos em tempos de “guerra e paz”...

Guerra humana, sem receios e sem penúrias
Guerra de meninos e meninas, de homens e mulheres, de jovens e adultos
Guerra de fome, de roubo, de ganância e de sede
Sede de vingança, sede de consumir o outro com seu egoísmo.

Paz humana, sem liberdade, sem igualdade
Estamos presos a nós mesmos, em nossos lares, indefesos
Isso é a paz, paz prisional, devido à guerra.

Paz do quê? De quem? Para onde? De onde?
Paz não é mais sinônimo de guerra, paz é hoje o resultado da guerra
Temos paz quando nos prendemos e não vivemos.
Amamos a nós mesmos, pois não temos tempo de amar o outro
Matamos o nosso próprio dia, porque à noite matamos o outro
Estamos em tempo de “guerra e paz”!

Estamos em tempo de morrer para termos paz.
E vivemos, presos aos laços do medo, do desespero, do fracasso.
O amor é apenas uma válvula que em pouco tempo vai ser detonada.
Aí passaremos a viver somente em tempos de Guerra.

Blog do LÉO SARMENTO

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